O Teste Farnsworth D-15 é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar deficiências na percepção de cores, sejam elas congênitas ou adquiridas. Desenvolvido por Dean Farnsworth na década de 1940, o teste é uma versão simplificada do Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell. Seu objetivo principal é classificar indivíduos com base em sua capacidade de discriminar cores, diferenciando aqueles com visão normal ou leve deficiência daqueles com deficiências moderadas a severas.
O teste consiste em um conjunto de 15 discos coloridos numerados, além de um disco de referência. Esses discos representam uma sequência incompleta de um círculo cromático. Durante a aplicação, o paciente é instruído a organizar os discos na ordem que melhor se aproxima da sequência de cores, começando pelo disco de referência. Essa tarefa requer que o indivíduo discrimine nuances sutis entre as cores, permitindo identificar possíveis anomalias na visão cromática.
A análise dos resultados é feita observando o padrão de arranjo dos discos. Indivíduos com visão normal tendem a organizar os discos em uma sequência correta, enquanto aqueles com deficiências apresentam padrões característicos de erros. Esses erros são analisados em relação a eixos de confusão específicos, correspondentes aos tipos comuns de discromatopsia: protan (deficiência no vermelho), deutan (deficiência no verde) e tritan (deficiência no azul). O padrão dos erros permite identificar não apenas a presença da deficiência, mas também seu tipo e gravidade.
Existe também uma versão desaturada do teste, conhecida como Teste Lanthony D-15, que utiliza discos com cores menos vivas. Essa variação é especialmente útil para detectar deficiências cromáticas leves ou adquiridas, como as causadas por toxicidade retiniana ou neuropatias ópticas. O procedimento é semelhante ao do teste original, mas a menor saturação das cores aumenta a sensibilidade para identificar alterações sutis na percepção de cores.
Em resumo, o Teste Farnsworth D-15 é um instrumento essencial na avaliação da visão de cores, proporcionando uma maneira rápida e eficaz de detectar e classificar deficiências cromáticas. Sua simplicidade e precisão o tornam adequado tanto para uso clínico quanto ocupacional, auxiliando no diagnóstico precoce e no monitoramento de condições que afetam a percepção cromática. Estudos como os de Birch (1993) e Verriest et al. (1982) ressaltam a importância desse teste na prática oftalmológica e sua contribuição para a compreensão das deficiências visuais de cores.
Referências Bibliográficas:
Birch, J. (1993). Diagnosis of Defective Colour Vision. Oxford University Press.
Verriest, G., van Laethem, J., & Uvijls, A. (1982). A new assessment of the normal ranges of the Farnsworth-Munsell 100 hue test scores. American Journal of Ophthalmology, 93(5), 635-642.
Farnsworth, D. (1943). The Farnsworth-Munsell 100-Hue and Dichotomous Tests for Color Vision. Journal of the Optical Society of America, 33(10), 568-578.
Teste uma versão eletrônica do teste abaixo:
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